sexta-feira, 11 de julho de 2008

Apresentação do Paulo Steinberg na Igreja Batista Aliança

Olá, pessoal.

No sábado passado, todos os que compareceram ao templo da Igreja Batista Aliança foram agraciados com o riquíssimo recital-palestra ministrado pelo Dr. Paulo Steinberg, doutor em piano pela Indiana University.

Interpretando obras de Ernesto Nazareth e Villa-Lobos, e dois inspirativos hinos ao final, o Dr. Paulo deu um verdadeiro show ao piano e deixou boquiabertos os presentes, que ao final o aplaudiram incessantemente, em pé, admirados com a incrível velocidade e precisão com que seus incansáveis dedos desfilavam pelas teclas do piano. Foi um belíssimo concerto!!

Mas o momento mais marcante da noite foi o breve testemunho do Dr. Paulo. Antes de executar sua peça final, fez questão de reconhecer o senhorio de Cristo, de lembrar que nada daquilo faria sentido se não fosse Cristo nas nossas vidas e de compartilhar do seu prazer de executar os hinos sacros. O coração de Deus certamente se alegrou naquela noite. Talvez muito mais do que em muitos cultos, muitas vezes cheios de religiosidade e vazios de vida, em que a liturgia rouba a espontaneidade do coração.

Vamos lembrar que o Senhor se agrada não de “o que” fazemos, mas do “para que”. O texto de I Coríntios 10:31 diz: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. O que importa para o Senhor é a atitude do coração.

O texto de I Samuel 16:7 é claro: "O Senhor não vê como o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor vê o coração". Que a nossa vida seja assim.

Talvez não consigamos executar um choro de Ernesto Nazareth com a virtuosidade do Dr. Paulo, mas podemos trabalhar, estudar, pegar um ônibus, aconselhar, jogar futebol, fazer um jantar, tricotar, cantar, participar da obra de Deus, enfim, viver e fazer tudo para a glória de Deus.

Um abraço,

Rodolfo Seifert

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de fazer um comentário, que de MANEIRA NENHUMA é pessoal para o grande amigo Rodolfo, pessoa que dispensa comentário, nem ao Dr. Paulo. É apenas uma colocação respeitosa e saudável, disposta a receber contrariedade sem nenhum problema:
Acho meio perigoso recebermos/realizarmos/promovermos (sei lá) uma programação na igreja com músicas/hinos/recitais do "mundo" (só pra ficar claro, não gosto desa expressão "mundo" e ela por si só ainda não foi definida sobre oque faz parte e o que não faz parte deste "mundo"). Não diminuindo em nenhum momente a genialidade do músico Dr. Paulo e suas belas interpretações, mas o que me intriga é que talvez semana que vem podemos ter também naquele piano um outro grande músico e professor de paino Mauricio Manieri, talvez cantando suas músicas ou talvez apenas tocando no piano, ou até no violão. Podemos ainda receber o Toquinho, a banda Roupa Nova (já ganhou prêmios no mundo todo pela qualidade individual de seus músicos) ou até mesmo alguma jovem com uma linda voz para cantar as músicas da Sandy, que falam de amor. Entendo que o pianista que tivemos na nossa igreja e as pessoas que o convidaram são de caráter irrepreensível e disso não há oque se questionar, mas uma programação assim não dá liberdade para outras, como por exemplo as citadas acima?
Mais uma vez quero repetir: O cara toca muito! Uma apresentação dele em um teatro não deve sair por menos de 150,00 reais, mas novamente pergunto também: Isso não dá liberdade para semana que vem eu levar o meu primo que toca saxofone em uma banda de baile? Ele toca muito! Claro que não é o Dr. Paulo, mas toca muito também!
Até onde é o limite que uma pessoa pode vir e cantar músicas " que não foram feitas, digamos que exclusivamente para Deus"? Se dissermos que todas as músicas exaltam a Deus, pois ele é o criador da música, aí estou certo que posso chamar os músicos acima. Se dissermos que não são todas, como discenir? como decidir? o que é válido? pra mim rock é legal e para você música erudita, e aí, o que levar na igreja?
Se respondermos que aquilo que edifica é que deve ser levado, diria que Mauricio Manieri não seria legal, e Toquinho também não. Roupa Nova também não e o Dr. Paulo também não (tocando Ernesto Nazareth). Como discenir através destas músicas o que edifica a Igreja? Para mim, a apresentação do Dr. Paulo não edificou, foi belissímo, mas não edificou. Valeu como parte cultural, mas espiritualmente, vazio. Se dissermos que Villa-Lobos edifica, teremos que dizer que Caetano, Gil e Roberto Carlos também. Como discenir através destas músicas o que edifica a Igreja? Nas devidas proporções, a edificação que recebi do Dr. Paulo foi a mesma que assistir Discovey Channel, ou seja, valeu pela cultura, pela informação, pela beleza, mas espiritualmente, não creio que alimente a alma. Sonoramente, foi ótimo. Assim como, sonoramente, Legião Urbana também é.
Será que o Mauricio Manieri ao nosso piano, edificaria você? A Sandy cantando suas músicas de amor (sem o Júnior é claro, rs...)? Estão entendendo? É meio perigoso isso, porque dá SIM liberdade para outras programações parecidas.
O coração de Deus se alegrou com Ernesto Nazareth e Villa-Lobos? Porque se alegrou? O coração de Deus se alegrará com "Terra, planeta água" cantada em orquestra? A banda mundana Los Hermanos pode vir fazer uma apresentação neste sábado e alegrar o coração de Deus? Porque não?
Se dissermos para as respostas acima que tudo isso depende do propósito para tal, diria que o propósito junto ao Dr. Paulo foi cultural. Se dissermos que o propósito foi espiritual, diria que os artistas acima também edificariam espiritualmente.
Se dissermos que o objetivo do Dr. Paulo foi cultural, então com certeza podemos marcar na agenda uma data para os artistas acima, pois inegavelmente são talentosos. Mas e aí? Trazer Caetano na igreja? Toquinho? Sinceramente, acho que não combina.

Grande abraço galera,
Rafão

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Valeu pelo comentário, Rafa !! As suas indagações despertam um interessante debate, que talvez não caiba e nem deva ser travado neste espaço. Apenas acrescento que muitas de suas questões são respondidas quando aplicamos o princípio do "para que", exposto no texto. Qualquer apresentação que não for para a glória de Deus não deve ter espaço no templo e nem fora do templo em meio à igreja de Jesus. Vale ponderar, por outro lado, que nem tudo o que é pra glória de Deus cabe no templo. Penso não ser conveniente, por exemplo, um sakatista cristão, que usa o skate para fins missionários, querer mostrar suas manobras ali, entre a batera e o púlpito. Embora suas manobras possam glorificar a Deus em razão da atitude do seu coração, não convém que ele se apresente ali. Por fim, esclareço que o objetivo do convite ao Paulo foi o de criar um "evento ponte", para que os membros da igreja pudessem convidar amigos que talvez nunca viriam a um culto para virem pela primeira vez ao templo e quebrarem barreiras/bloqueios; o mesmo objetivo de nossa festa caipira, por exemplo. E o Paulo sempre soube disto, e veio para contribuir conosco dentro deste propósito, com coração de servo (veja o para que aqui. Isto ficou claro quando ele se levanta no meio da apresentação e reconhece o senhorio de Cristo sobre a vida dele, etc... E o legal é que diversos convidados estavam no sábado pela primeira vez (eu sei de 9). Alguns voltaram para o culto de domingo e ouviram a mensagem de salvação. Graças a Deus por isto. E neste sentido, o propósito foi alcançado, a igreja é edificada e fortalecida.
Valeu pelo comentário, Rafa.
Abraço galera !!

Anônimo disse...

É isso aí. Um tema meio complicado mesmo. Graças a Deus por sermos diferentes intelectualmente, podendo contribuir com diferentes dons para o Reino e iguais no mesmo objetivo, unidos pelo amor de Cristo.

Abração.