quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Tá aí o Pr. José Libério, o preletor de nosso Acampa neste fim de semana! Segue abaixo um texto seu bem bacana tirado do site da organização que ele dirige, Toca do Estudante.

Mochilar

Eu mochilo
Tu mochilas
Ele(a) mochila
Nós mochilamos
Vós mochilais
Eles(as) mochilam

Todos nós nos tornamos mochileiros e até poderemos, eventualmente, fazer um “mochilão”. Parece que a nossa jornada está apenas começando. A responsabilidade por nossa mochila, já há algum tempo, era nossa. Agora, será toda nossa!! Livros, cadernos, apostilas, trabalhos, água, celular, MP3 e por aí vai.. Se a gente esquecer no “busão” complica; algumas vezes será pesada demais, outras, quase sem nada, bem leve. Mas até terminarmos essa etapa da vida seremos mochileiros.

Contudo, falei sobre a mochila física de lona, de plástico, de vinil, sei lá. Verde, azul, rosa, preta! Do seu gosto sempre, é claro! Agora você pode escolher! E a mochila que ninguém vê, só você? Onde você traz alegria, entusiasmo, sonho, esperança, dor, tristeza, angústia, dúvida. Como encontrar uma maneira de deixá-la sempre equilibrada com o peso certo, se infelizmente não podemos decidir o que colocar lá dentro e as circunstâncias ditam o conteúdo muitas vezes? Penso que podemos e devemos tentar controlar o conteúdo de nossa mochila escondida, ainda que isso pareça impossível para alguns. Sei que não é tarefa fácil pois não controlamos todas as circunstâncias. Aprendi que mesmo que aparentemente tenhamos o controle do conteúdo, no final parecerá que falta ou sobra algo.

Nosso problema é que a jornada precisa continuar, precisamos avançar e não importa muito aos outros o que temos em nossa mochila oculta, só querem nos ver andando, avançando, produzindo...

Sou mochileiro como você, mas estou na jornada há um pouco mais de tempo talvez. Decidir o que levar na mochila de lona é bem fácil e se começar a atrapalhar podemos nos desfazer dela durante o percurso. Aprendi que é uma luta quase insana, tentar colocar os conteúdos exatamente como queremos em nossa mochila oculta. Uma decisão equivocada aqui e ela se tornará pesada demais, uma escolha infeliz ali e ela pode se tornar algo vergonhoso de se carregar até para nós mesmos.

Como é que eu resolvi isso? Aí está o “pulo-do-gato” não resolvi. Aprendi que não somos obra do acaso. Fomos planejados, fomos feitos direitinho e sem defeitos pra não termos que nos preocupar com a nossa mochila oculta. Mas não acreditamos, achamos que é uma “estoriazinha” pra crianças e afinal somos jovens, adultos, sabemos decidir o que pôr em nossas próprias mochilas. Que ilusão!!

Resolvi meu problema recorrendo ao manual do fabricante de mim e descobri alguns princípios:

a) Confiar: “Confie em Deus, o Senhor, e faça o bem e assim more com toda segurança na Terra Prometida”

b) Ter prazer: “Que a sua felicidade esteja no Senhor! Ele lhe dará o que o seu coração deseja.”

c) Entregar: “Ponha a sua vida nas mãos do Senhor, confie nele, e ele o ajudará”. (Livros dos Salmos, capítulo 37, frases 3, 4 e 5. Bíblia)

Que tal praticar como eu e experimentar carregar uma mochila de conteúdo bem mais legal que nos trará mais prazer na jornada? Deixe o conteúdo da mochila oculta por conta do seu fabricante. Vale a pena!! Você vai ver!

José Libério, um mochileiro como você!!

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